quarta-feira, 11 de maio de 2011

Texto de Arnaldo san

Já vem de longa data meu interesse pela cultura japonesa e pelos lugares privilegados nos quais ela se torna ato. E quando falo de tais lugares, falo de algo presente tanto nas artes marciais quanto naquilo que nós, ocidentais, por falta de palavra melhor, chamamos "a ritualística". Busquei sempre por algo que treinasse meu corpo, sim, mas que acima de tudo me ensinasse em gesto, em ato, a maneira específica que este povo encontrou de existir. Treinei durante um período muito curto o Kenjutsu. E anos depois, recebo o convite para participar de um treino de Aikido com Lucia e Luciano. Esses anos "parado", todavia, não foram anos de inércia, mas um tempo no qual aquelas idéias ainda muito pouco claras que o Kenjutsu me passou pudessem começar a amadurecer.

O treino que assisti, numa segunda à noite, foi o suficiente para perceber que aquele casal de praticantes de Aikido levava muito a sério as idéias de respeito e não-violência. E quem diria que eu seria capaz de acordar às cinco da manhã na quarta-feira para treinar novamente? Assim tem sido. Ainda acho difícil de acreditar que me levanto de madrugada aos sábados. E sem arrependimentos.

Afirmo desde já meu profundo respeito por Lucia e Luciano (que ainda vou pegar de jeito, me espere!), bem como o carinho especial que muito rapidamente desenvolvi pelos meus colegas de treino. Este respeito e este carinho, eu acredito, foram os dois primeiros aprendizados em ato que tive no Aikido. Dois ensinamentos muito importantes de Morihei Ueshiba, que acredito haverem sido levados em alta conta quando ele desenvolvia o Aikido. Eis um lugar privilegiado, sem dúvida.

(Ainda sem foto, mas em breve, colocaremos, Arnaldo san!!!)

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