segunda-feira, 26 de outubro de 2009


Acho importante divulgarmos e valorizarmos esses eventos... Quem puder estar lá, vale a pena!

Lúcia

domingo, 18 de outubro de 2009

Samurai no tatame



Este e-mail é uma homenagem ao meu mestre, Kawai sensei.

Hoje tivemos um yudanshakai: treino de faixa preta. Cheguei na hora certa: Kawai sensei estava saindo de sua casa para descer ao dojo. Sempre auxiliado por seus ushideshis. Mas desta vez, segurando a mão de um deles...

Na quarta é seu treino semanal. Cheguei um pouco atrasada, mas por conta da minha própria aula, que acaba 5 minutos depois do início da aula dele... Cheguei, ele estava sentado na cadeira, orientando as técnicas. O Luciano chegou um pouco depois de mim. Ao término da aula, ficamos conversando um pouco com ele. Ele olhou nos meus olhos (um olhar amarelado, sem brilho, mas um olhar profundo), e disse "Ele bom marido?" Eu respondi "Ele bom marido, sensei... E eu, boa esposa?" Ele respondeu "Não tem o que falar... Você bom pessoa, bom aikido, correta, bom coração... Bom esposa!". Parecia que ele queria saber se estava tudo bem. Depois respirou e falou "O outro mundo me chama, mas eu ainda tenho coisas a fazer aqui."

Yudanshakai. Ele sentou-se do lado de fora, e acompanhou todo o treino. Assinou as carteirinhas, cochilou um pouco. No final do treino, nos orientou no jiuwasa. Desta vez, não fez ele mesmo. E, quando todos acabaram, ele falou "Eu esta semana quase morri. Não sei porque estou vivo, e esta foi minha pergunta quando passava pelo momento: Por que ainda estou aqui?". O Sensei passou por uma crise que, sinceramente, não sei quantos passariam e continuariam vivos. Kawai sensei, uma pessoa, como todos nós, nesses momentos em que é tão mais fácil desistir e se entregar, NÃO DESISTE. Ele continua, sem medo, sem abandonar suas convicções, nem sua missão neste mundo. Sem uma única gota de medo, ele narrou o que houve, e da forma que ele mesmo enxerga. Durante todo o tempo, ele batalhou, lutou, e até agora está lutando.

Nenhum de nós sabe quando é a hora de partirmos. Cada pessoa encara essa certeza da vida de uma maneira. Não há certo ou errado quanto a isso, mas sim modos diferentes de enxergar, ou "bonito e feio", em alguns casos. Como Kawai sensei diz... O jeito dele encarar as coisas é um jeito oriental, japonês, tradicional. Não consigo olhar para ele sem pensar que ele encara tudo como um samurai honrado, moderno, mas totalmente em harmonia com o passado, seus ancestrais e suas tradições. Para mim, olhá-lo, em pé, em seiza, ou na cadeira branca, é como olhar um Samurai no tatame.
Meus alunos, e meus amigos que, às vezes, acompanham este blog.. Uma aula do Kawai sensei não pode ficar vazia, um yudanshakai também não.Vamos participar!

Ao Meu Mestre, meu Guia, e de todos nós que amamos o Caminho que ele trouxe para cá.

Domo arigato gozaimassu!

Lúcia

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Minha história no Aikido


(atualmente, faixa verde - 3o kyu)
Bom gente, finalmente estou fazendo minha postagem...

Na verdade a minha historia com o Aikido foi meio que coisa do destino, pois minha namorada entrou na academia Núcleo 7 Esferas do Tao para praticar Kung Fu e Sanshou (Kickboxing) e vivia me chamando para praticar com ela... e eu com uma certa resistência, tendo em vista que não gosto de praticar esportes de contato (acho que pq sou meu truculento) e sempre tive receio de machucar os outros ou a mim mesmo.

Certo dia, fui informado que se iniciaria uma turma de Aikido na academia e procurei saber pela internet do que se tratava esta Arte Marcial. As primeiras paginas que encontrei eram sobre um Sensei muito conceituado e que também é ator (não muito bom em minha opinião pq não tem expressão facial rsrsrs), obviamente estou falando do Steven Seagal.

Confesso que não me animei tanto no inicio, mas como em outras paginas da internet diziam que no Aikido não existiam competições entre os praticantes e que visava o aprimoramento individual (mental e físico) fiquei curioso e decidi assistir uma aula.

Quando cheguei vi que o Sensei, na verdade era UMA Sensei (baixinha e magrinha) e isso me deixou intrigado, porque mesmo sem atributos físicos de altura e força, as técnicas plasticamente eram muito bonitas e vigorosas.

Então decidi fazer uma aula para experimentar e me apaixonei. Essa história se iniciou em 2007 e acredito que não terá fim.

Aprendi que em sua essência o Aikido não se resume em uma Arte Marcial praticada em tatames e sim no dia-a-dia em qualquer situação da vida cotidiana, pois para as situações que parecem difíceis podemos utilizar Tenkans e para as quedas inevitáveis procurar sempre se proteger para continuar em nossa caminhada.

Sou muito grato a Sensei Lucia por ter me apresentado esta Arte Marcial e filosofia de vida que é o Aikido, e obviamente aos companheiros de treino que me ajudam a aprimorar minhas técnicas.

A todos o meu Domo Arigato Gozaimasu
Eduardo