segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Minha caminhada

Comecei a praticar Aikido por recomendação médica. Na verdade, o médico só disse que eu tinha que fazer algum tipo de exercício ou atividade extra pra eu poder me distrair e relaxar. Mas como na minha casa tinha um recém aikidoca, o qual vivia mostrando encantado as técnicas que aprendera no dojo, eu me interessei e escolhi o Aikido como a minha válvula de escape. Isso era inicio de 2005, eu acho - nunca lembro a data certa :).

Comecei minha caminhada com o Sensei Pablo, em São Carlos, onde fiz minha graduação. Sensei Pablo tem um Aikido forte, mais voltado para o lado marcial da arte. Seguidor do Sensei Donavan Waite, sempre priorizou os Ukemis e me ensinou que para ser um bom Nague, preciso antes ser um bom Uke. Com treinos fortes e o clima de amizade e de descontração dentro do tatame, a recomendação médica deu certo e o Aikido tornou-se parte da minha vida, como forma de diversão e relaxamento.

Um ano depois de ter começado no Aikido, fiz meu primeiro exame, onde fui graduado 5° Kyu (amarela) pelo Sensei Marcus Caires, sensei do Sensei Pablo. No inicio de 2007 eu fui para Nova Iorque, onde treinei por um mês na NYAikikai, do Sensei Yamada. Lá, treinei com grandes mestres, entre eles o Sensei Donavan e o próprio Yamada. Também pude ver como o Aikido muda muito de Aikidoca pra Aikidoca, mesmo dentro de um único dojo.

Quando retornei de NY, mudei para Campinas e treinei por seis meses em um dojo da cidade (desculpa, mas esqueci o nome do Sensei - memória péssima como sempre!). Nesse tempo, eu peguei minha segunda graduação com o Sensei Marquinhos, 4° Kyu (roxa).

Em Janeiro de 2008 me mudei para a cidade de São Paulo, onde moro atualmente, e comecei a treinar com a Sensei Lúcia. Aqui entra um ponto que a minha imensa preguiça deu certo. Pelo fato do Dojo ser na minha rua, foi o primeiro e único que procurei em São Paulo :). Mais tarde descobri que existem mais dois grandes Dojos perto de casa, o do Sensei Nagao e a Central, do Sensei Kawai.

Sensei Lúcia possui um Aikido mais leve e voltado para o lado filosófico e japonês da arte. Com o tempo fui me adaptando e vendo o Aikido com um novo olhar. É estranho, e nada lógico, pensar que o modo como você senta no tatame, como se comporta perante alguém mais graduado e outras regrinhas de etiqueta possa interferir no desempenho de uma arte marcial, mas no Aikido isso é muito real. E com Sensei Lúcia estou desenvolvendo muito este outro pilar da arte.

Voltando à linha do tempo... Como vinha de outra federação, "voltei" para o 5° Kyu. Alguns meses depois já fiz o exame para o 4° Kyu, desta vez graduado pelo Sensei Kawai. Um ano depois, se a minha memória não estiver falhando novamente, fiz o exame para 3° Kyu (verde). Neste exame tive a honra de poder fazer o exame na banca do Sensei Kawai, e de quebra, ser o último a fazer o exame, com todo mundo me olhando! :p

Agora chega de escrever e vamos pro tatame! Veja ai embaixo meu exame para 3° Kyu e depois me fale o que achou :D


3 comentários:

Japa disse...

massa Jordan, continua mandando bonito! dah uma explicada em como funciona a avaliacao pras pessoas que nao sabem, tipo eu.

abraço, Japa BCC04

Jordan Silva disse...

Bom, eu também não sei como funciona a avaliação direitinho, o que eu sei é o que Sensei Lucia comenta. Ela diz que o que está sendo avaliado nos exames de Kyu é mais o professor do que o aluno. Isso ela pode explicar melhor em um proximo post.

Quanto as tecnicas, para cada Kyu e Dan existe um conjunto que deve ser realizado durante o exame. Vou dar uma procurada na net e postar quais são.

Abraços,

Anônimo disse...

O exame, na minha visão, é uma comprovação do que o aluno já sabe. Portanto, não é exatamente um exame, e sim uma apresentação hierárquica e oficial. De fato, também na minha opinião, é o sensei quem está sendo avaliado, já que a atitude do aluno é um reflexo do que foi aprendido em aula, e muitas vezes é mais do que técnica...

Até o exame de 1o kyu (marrom), são técnicas totalmente definidas, com ataques, posições e finalizações pré-determinadas. A partir do exame para shodan (1o grau de faixa preta), isso muda, pelo menos em nossa academia: só o nome da técnica em si é dado pela banca; ao examinado, resta apresentar todas as formas de aplicar essa técnica.

Para quem não sabe, as faixas coloridas são uma criação ocidental, e referem-se aos "kyus", que existem no Japão, mas sem mudar a cor da faixa, que permanece branca até o exame de faixa preta (dan). A partir daí, a cor também não muda. Os kyus mudam na ordem do maior número para o menor número: 6o kyu (branca) até 1o kyu (marrom); nos dans, a ordem é do menor número para o maior: shodan (1o grau de faixa preta) até, no Brasil, hatidan (8o grau de faixa preta), graduação (aqui no Brasil) somente de meu mestre, Kawai sensei.

Espero ter esclarecido algumas coisas!

Abraços

Lúcia